Pereira é um guarda que deixou um legado
Muito interessante de reviver;
E foi um exemplo de dignidade
Pra seus colegas AEVP’s.
Prestou seu tempo de serviço ao Estado
Com excelência e primazia;
Até o dia que tomou a decisão
De entrar com pedido de aposentadoria.
Como sempre foi um sujeito proativo
E nunca soube ficar parado;
Pereira passou a se preocupar
Como ia ser sua vida de aposentado.
Foi então que lhe veio à cabeça uma ideia
Que lhe acendeu algumas luzes;
Abrir um negócio em Jundiapeba
Um bairro afastado de Mogi das Cruzes.
Como esse bairro é bastante movimentado
E tem muita mulher solteira;
Pereira viu grande oportunidade
De abrir ali uma gafieira.
Dois colegas que trabalham na portaria
E não se revelam por que são casados;
Foram conhecer o negócio do Pereira
Beber uma pinga e comer um salgado.
Falaram que a casa só abre à dez
E fica próximo a uma esquina;
E que lá dentro é um pouco escuro
Onde ficam as bebidas e algumas meninas.
Falaram também que o Pereira é um cara criativo
E tem uma playlist só de forró;
Pra quem gosta de um rabo de galo
E um caldo de mocotó.
Mas certo colega que também trabalhou na cadeia
E o seu nome também não deu;
Falou que não vai mais no Pereira
Porque agora se converteu.
Disse que ali é uma quebrada estranha
E não viu passar uma viatura;
E viu entrar na casa um sujeito
De chapéu e um facão na cintura.
Algumas mulheres bastante alegres
Que não entram ali de cobaia;
Acima dos sessenta anos de idade
De miniblusa e minissaia.
Pra tranquilizar os colegas, o Pereira
Disse que agora tudo mudou;
Que seu negócio não é um risca-faca
E sim uma casa de shows.
Falou que como dono de casa noturna
Sabe que não terá tanto sossego;
Mas vai ajudar na economia do bairro
E com essa crise do desemprego.
E pros colegas que quiserem fazer um bico
Ele dá um lanche e uma paga inteira;
Das dez às seis da manhã
Na porta da gafieira.
kkkkkkkkkkkkkkkk
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