POEMA: O TRISAL V E A BOSTA DE TREMEMBÉ


Minha sábia vovó tão velhinha

Gostava de repetir um velho ditado;

Que diz que, quem hoje não ouve conselho

Amanhã pode ouvir coitado.


Esse ditado de vovó é pertinente

Pra situações que estão no vermelho;

E pra pessoas que estão se arruinando

Mas preferem não ouvir os conselhos.


Assim está acontecendo em Tremembé

Na P2 feminina do Gordinho do Fundão;

Onde a cadeia está à beira de um colapso

Por incompetência e má administração.


Somados à sua fama de ser truculento

Empreender assédio moral e perseguição;

O gordinho não aceita ser questionado

E ainda por cima quer ter razão.


O dito cujo já recebeu dois conselhos

Que lhe foram dados de boa-fé;

Respeitar as pessoas ou juntar o seu picuá

E ir embora de Tremembé.


Depois que as cadeias viraram complexo

E o corpo diretor foi unificado;

Na P2 feminina de Tremembé

Os problemas só têm se multiplicado.


Ali há situações passivas de averiguação 

Pelo Ministério do Trabalho e pela Corregedoria;

Pela Comissão de Direitos Humanos da OAB

Pela Vara de Execuções Penais e pela Defensoria.


Entretanto o que as pessoas não conseguem entender

Nesse ambiente de ‘tanto faz’;

É que, ou esse gordinho tem um padrinho forte

Ou ele tem parte com o satanás.


Não obstante todos esses possíveis enroscos

No bojo da administração penitenciária;

O novo problema pra essa diretoria 

É com as autoridades sanitárias.


Segundo uma guarda que trabalha em Tremembé

E afirma que o assunto é fato certo;

Na área anexa ao prédio da cadeia

Tem uma fossa vazando a céu aberto.


O sistema de coleta de esgoto dos raios

Desemboca em caixas na linha de tiro da cadeia;

Como os ramais não evacuam o esgoto

Retornam para os raios se a fossa estiver muito cheia.


Se por razões o esgoto voltar para os raios

Poderá entupir as celas;

Causar tormento para as presas

E levar mais doenças pra elas.


Por falta de manutenção o sistema entrou em colapso

Causando esse congestionamento;

Danificando a bomba de sucção

E a estação contínua de tratamento.


As guardas falam que o cheiro é insuportável

Pela quantidade de imundície ali exposta;

Urubus comendo absorventes

E ratos saindo do meio das bostas.


Os riscos oferecidos por causa daquela fossa

Além da proliferação de doenças virais

São uma agressão à saúde das detentas 

E também à saúde das policiais.


Contamina o solo e os lençóis freáticos

Causando desequilíbrio ambiental;

Oferecendo riscos à saúde coletiva

À vida econômica e à sobrevivência animal.


Causando doenças infecciosas e parasitarias

Hepatite A, cólera, esquistossomose;

Amebíase, giardíase, febre tifoide

Dengue, chikungunya e leptospirose.


Deve-se considerar também que a cadeia

É cercada por uma vizinhança;

Uma comunidade onde há plantações

Animais, idosos e muitas crianças.


Os guardas da muralha também reclamam

Mas sabem tão cedo terão resposta;

E nem quanto tempo ainda terão

Que ficar sentindo aquele cheiro de bosta.


Sensatez seria a coordenadoria

Repensar o contexto das unidades;

Porque a P2 feminina de Tremembé

Tá cheirando mal pra sociedade.


O que se espera da COREVALE

Já que nada se pode esperar do gordinho

É arrumar aquela fossa antes que a bosta

Respingue no seu padrinho.






2 comentários:

  1. Não é só o gordinho que tem padrinho, é a coordenadoria inteira, passou de hora de ter troca geral.

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  2. Não é só o gordinho que tem padrinho, é a coordenadoria inteira, passou de hora de ter troca geral.

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POEMA: O TRISAL V E A BOSTA DE TREMEMBÉ

Minha sábia vovó tão velhinha Gostava de repetir um velho ditado; Que diz que, quem hoje não ouve conselho Amanhã pode ouvir coitado. Esse d...