POEMA: O BAMBUZAL DA COREMETRO


Correu essa semana ai pela capital

E foi notícia nas cadeias do Estado;

Um pé de vento que chacoalhou o sistema

E deixou todo mundo aterrorizado.


Os motivos do fato ninguém sabe ainda

E pelo jeito vai continuar em secreto;

O que se sabe até agora é que um pé de vento

Chacoalhou o bambuzal na Coremetro.


A Coremetro, pra quem ainda não sabe

É como as antigas províncias romanas;

Os Diretores das cadeias são o provincianos 

E o coordenador a autoridade pretoriana.


Como os sofismas que Dante Alegrieri 

Escreveu na sua obra A DIVINA COMÉDIA;

A Coremetro vive nos dias de hoje

Como se fosse na idade Média.


As cadeias como as de Franco da Rocha

São como tumbas de cemitérios

E as viaturas da base da escolta

Capengando pelas ruas do Império.


Dotada de influência política, a coordenadoria

É um núcleo de comando da Polícia Penal;

E funciona como um consórcio de cadeias 

Na região metropolitana da capital.


Com vinte e nove cadeias e trinta e três mil detentos 

Espalhados pelos arredores da cidade;

A Coremetro é uma coordenadoria 

Que sempre deu novidade.


Da festança do pó em Santana

Ao comércio de rol de visitas;

E o caso que ficou conhecido

Como o “Escândalo das marmitas”.


Porém o fato ocorrido recentemente 

Até o deuses do Olimpo duvidaram;

O que aconteceu lá no quarto escuro

E porque tantas cabeças rolaram.


Uns acham que é ainda sobre as marmitas

Outros acham que é bizú com prisioneiro;

Outros acham que é pelo poder

Outros acham que é pelo dinheiro .


Entretanto ninguém falou de qualquer esquema

Se pegaram laranjas e se tem um doleiro;

Nem de contas em paraísos fiscais

E nem de malas com muito dinheiro.


Se foi alguém que andou falando demais

Ou alguém que esquivou de contribuir;

Ou alguém que teria recebido em espécie

E teria fugido pra não dividir.


O problema é que na Coremetro 

E isso é de sua própria sorte;

Ninguém tem informação de nada

Igual acontece na Coreia do Norte.


O que se pode dizer é que a Coremetro

Continua na ponta do mesmo facão

Que cortou a cabeça de sete traíras

E arrancou o pescoço  de um tubarão.





6 comentários:

  1. Wiltinho hoje você se superou, fez um poema magistral sobre o sistema, parabéns meu querido!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Opaaaa......vamos sempre usar nosso direito constitucional de criticar e refutar os desmandos no poder.

      Excluir
  2. 6 traíras e 1 tubarão. O bambuzal vai chacoalhar mais. Quanto a Coremeteo, enquanto persistirem membros da tropa do marmiteiro por lá, nunca vai mudar.

    ResponderExcluir
  3. 6 traíras 1 tubarão e vários bois de piranha...

    ResponderExcluir
  4. Aterrorizados ainda mais estão os chef@s do Complexo I de Guarulhos, incompetentes, prevaricadores e abusadores que são, com a chegada do novo coordenador para habitar a casa funcional, estão fazendo da vida dos funcion@rios um verdadeiro infern@

    ResponderExcluir
  5. Lá no Complexo I de Guarulhos, esse bambuzal da Coremetro, fez do dia para noite, o chef@ mandar retirar os pres@s que trabalhavam e tocavam de suas máquinas todo o administrativo, deixando os funcion@rios dos setores a mercê...

    ResponderExcluir

POEMA: O TRISAL III E A BASILEIA DE TREMEMBÉ

  Quando os gregos conceberam a arquitetura Transformando-a em artes universais; Eles remeteram o conceito de nobreza Às residências e aos p...