POEMA: O COMPLEXO PENAL DE RIBEIRÃO PRETO E A HISTÓRIA DO SOFÁ QUE NÃO TINHA ASSENTO

 

 

Quando Fulgencio Batista viu que a casa tinha caído

E que seu plano tinha dado mal;

Pegou seus trezentos milhões de dólares 

E fugiu com a família pra Portugal.


Daí Fidel Castro e Che Guevara 

Já tinham tomado Havana

E instituíram o que ficou conhecido

Como a Revolução Comunista Cubana.


Com o domínio absoluto de Fidel Castro

Ernesto Che Guevara foi embora;

E enquanto um mandava de dentro

O outro mandava de fora.


Passados muitos anos depois 

E ter se tornado um país sem rumo

Cuba é uma ilha pobre

E só produz açúcar e planta fumo.


A gaiatisse e a falta de liderança 

Formou também um dueto

Que manda dentro e manda fora

Da penitenciária de Ribeirão Preto.


Em Ribeirão Preto a vida dos guardas

Virou um grande tormento;

Quando a direção do complexo 

Passou pras mãos do que manda lá dentro.


As pessoas falam que ele é arbitrário 

Grita, xinga e dá piti;

E por ser o Diretor da cadeia

 É ele quem manda ali.


O que manda lá fora é um pau mandado 

E ninguém bota banca com ele lá fora;

E quem não estiver satisfeito

Arruma sua mala e vá embora.


Entretanto o que se fala é que em Ribeirão Preto 

Está impossível a sobrevivência;

Que, de tão largada, a base da escolta

Está a beira de uma falência. 


Certo guarda que trabalha ali 

Além de correto é um sujeito franco;

Disse que tem viatura caindo aos pedaços 

Que só pega se for no tranco.


A situação caótica que está a frota

Vem de uns dias e não é de agora;

O que manda lá dentro não se importa

Muito menos o que manda lá fora.


Ausência de cuidados de manutenção 

Equipamentos obsoletos;

Falta observância e profissionalismo 

Na base da escolta de Ribeirão Preto. 


A coordenadoria da região norte

Responsável ali pela administração penitenciária;

Os guardas falam que é a maior canseira 

Pra receber as diárias.


O assédio moral é algo corriqueiro 

Perseguições a todo momento;

E o que manda lá fora não fala nada

Porque é concomunado com o que manda lá dentro. 


Mas a história mais icônica 

E sem nenhum cabimento;

É um sofá que tem ali 

E que mandaram tirar os assentos.


A base da muralha e da escolta são o mesmo espaço

E tem ali um sofá;

Onde volta e meia no vai e vem 

Os guardas usam pra descansar.


Ninguém sabe dizer se foi por ordem

Do que manda lá fora ou o que manda lá dentro;

Pros guardas não se sentarem

Mandaram tirar os assentos.


Sem apoio moral da coordenadoria 

Tem guarda pensando em ir embora;

Por já não estão suportando mais 

Esse infeliz que manda lá fora.


Que alinhado com o que manda lá dentro

Como eram Fidel e Che Guevara;

Deveriam antes de mais nada

Tomarem vergonha na cara.


Parar de perseguir os guardas

Administrar a cadeia com mais cuidado;

E fazer jus ao cargo que ocupam

E o salário que recebem do Estado.












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