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Mostrando postagens de agosto, 2025

POEMA: O BAMBUZAL DA COREMETRO

Correu essa semana ai pela capital E foi notícia nas cadeias do Estado; Um pé de vento que chacoalhou o sistema E deixou todo mundo aterrorizado. Os motivos do fato ninguém sabe ainda E pelo jeito vai continuar em secreto; O que se sabe até agora é que um pé de vento Chacoalhou o bambuzal na Coremetro. A Coremetro, pra quem ainda não sabe É como as antigas províncias romanas; Os Diretores das cadeias são o provincianos  E o coordenador a autoridade pretoriana. Como os sofismas que Dante Alegrieri  Escreveu na sua obra A DIVINA COMÉDIA; A Coremetro vive nos dias de hoje Como se fosse na idade Média. As cadeias como as de Franco da Rocha São como tumbas de cemitérios E as viaturas da base da escolta Capengando pelas ruas do Império. Dotada de influência política, a coordenadoria É um núcleo de comando da Polícia Penal; E funciona como um consórcio de cadeias  Na região metropolitana da capital. Com vinte e nove cadeias e trinta e três mil detentos  Espalhados pelos arr...

POEMA: O VIRA-LATA CORONEL

Coronel é um cachorro vira latas Que vagueia as ruas pelas portas do quartel; E como vive ali, rosnando e latindo Ganhou a alcunha de cachorro coronel. Dona Maria a vizinha lá da rua Chega em casa e bradeja: ah meu Deus do céu; "Eu não gosto de cachorro vira-latas, Vá embora coronel! Vá embora coronel"! Mas coronel fica só roendo osso Que eles jogam lá na porta do quartel; E a criançada da rua se diverte "Larga o osso coronel! Larga o osso Coronel"! A noite o silencio cala as ruas E só se ouve os latidos no quartel; E as pessoas que só querem descansar "Cala a boca coronel! Cala a boca coronel"! Seu Antônio que sai cedo pro trabalho Abre a garagem pra tirar o seu corcel; E pra não atropelar um cachorro vira-latas "Sai fora coronel! Sai fora coronel"! O vizinhos até gostam de cachorros Porque eles correm os fumadores de maconha; Mas os fumadores já embaiaram o coronel Porque esse coronel é um vira-lata sem vergonha. Os milicos não suportam mais mo...

POEMA: A CONDESCENDÊNCIA DO CDP 1 DO BELÉM

  Na avenida Condessa Elizabete Robiano Ha vinte e um minutos da estação do trem; Fica o centro de detenção provisória Mais conhecido como Chácara Um do Belém. Reza a lenda que no século dezenove Mais precisamente nos seus anos finais; Aquela região era ocupada por agricultores E dividida em pequenas propriedades rurais. Naquela época ainda usava-se o código Morse Para quem precisava telefonar; E o Belém que era uma pequena chácara Não tinha cadeia e muito menos aparelho celular. Entretanto está circulando aí pelas redes sociais E não é nenhum segredo pra ninguém; Um vídeo feito por uma jovem advogada Dentro do CDP um do Belém. Com o intuito de registrar um evento da OAB  E um grupo de advogados notórios; O video mostra as partes internas da cadeia Desde o portão principal até a sala do parlatório. No dito evento a advogada faz selfies  E o movimento na entrada um tanto cheia; Ela mostra a muralha, a linha de tiro, a revisora E as áreas reservadas e sigilosas da cadeia. E...

POEMA: O TRISAL DE TREMEMBÉ II E O GORDINHO DO FUNDÃO

  Não seria de causar espanto ou repulsa Esquives, aversão ou tudo junto; Que a Penitenciária 2 de Tremembé, a feminina É uma cadeia que não para de dar assunto.   Reza a lenda que antes da atual diretoria Imposta pela instituição do complexo penal; A cadeia vivia um ambiente de tranquilidade Cheio de placidez e equilíbrio emocional.   As pessoas falam que com todos os problemas Reinava ali uma certa harmonia; Até o dia que virou um complexo E chegou uma nova diretoria. Falam também que há uma briga por espaço Como nunca teve em Tremembé; E alguns diretores se comportam como animais Convivendo numa Arca de Noé.   Mas tá correndo ali pela boca dos funcionários Um movimento de clara insatisfação; Com a má gestão e atitudes do Diretor Que está sendo chamado de gordinho do fundão.   As guardas falam que o Diretor é impertinente E trata com desdém as guardas ali; Além de ser um líder inacessível Promete um montão de coisas que não é capaz de cumprir.   Asqueroso...

POEMA: AS TRÊS CRIATURAS INDESEJÁVEIS

  Tá correndo aí por todo o Estado Mas ninguém sabe se é fato novo; Uma possível volta de alguns políticos Bem conhecidos do povo.   São três criaturas indesejadas Refertos de puro sofismo; E tudo que sempre quiseram Foi destruir o funcionalismo.   Dois deles já foram pra lá Outro ainda está por aqui; O "picolé de chuchu", o "calcinha-apertada" E o "cara de abacaxi"   O "picolé de chuchu" fez muitas coisas pro povo E para os servidores fez quase nada; E foi ele o responsável De ter surgido o “calcinha-apertada”.   O “calcinha-apertada” exprimia crueldade Até no jeito dele sorrir; E foi ele o responsável por ter sido eleito "O cara de abacaxi".   O "cara-de-abacaxi" fez coisas pro povo Mas tem muita coisa estagnada; Com tanto vacilo dele é capaz de voltar O "picolé-de-chuchu" ou o "calcinha-apertada".   Se o "calcinha apertada" quiser mesmo voltar E parar de arrumar zulú; Vai tirar voto do cara de ...

POEMA: A GAFIEIRA DO PEREIRA

Pereira é um guarda que deixou um legado Muito interessante de reviver; E foi um exemplo de dignidade Pra seus colegas AEVP’s.   Prestou seu tempo de serviço ao Estado Com excelência e primazia; Até o dia que tomou a decisão De entrar com pedido de aposentadoria.   Como sempre foi um sujeito proativo E nunca soube ficar parado; Pereira passou a se preocupar Como ia ser sua vida de aposentado.   Foi então que lhe veio à cabeça uma ideia Que lhe acendeu algumas luzes; Abrir um negócio em Jundiapeba Um bairro afastado de Mogi das Cruzes.   Como esse bairro é bastante movimentado E tem muita mulher solteira; Pereira viu grande oportunidade De abrir ali uma gafieira.   Dois colegas que trabalham na portaria E não se revelam por que são casados; Foram conhecer o negócio do Pereira Beber uma pinga e comer um salgado.   Falaram que a casa só abre à dez E fica próximo a uma esquina; E que lá dentro é um pouco escuro Onde ficam as bebidas e algumas meninas.   Fa...

Carlos Giannazi e Jenis de Andrade....QUERIDÁSSOS !!

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POEMA: O FILHO DE PRESIDENTE BERNARDES

  Quando iniciou na Penitenciária de Presidente Bernardes Em mil novecentos e noventa e dois; O Doutor Pedro Pataro não tinha a mínima noção, Uma percepção explicita ou uma alusão Do que lhe seriam os anos depois.   Com o trabalho vieram os amigos...a família O aprendizado, a intelecção e o saber; um jovem se tornando maduro Sem saber realmente, o que seria o futuro Porque o futuro é algo que não nos cabe saber.   Talvez se Deus lhe aprouvesse saber Das alegrias ou das agruras que viriam mais tarde; Nunca teria querido ser homem crescido Para na sua maturidade ter partido Da sua infância de Presidente Bernardes.   Também como nunca teria escrito Cada linha do seu próprio legado; Nos seus trinta e três anos de vida quase ao todo estendida De serviços prestados ao Estado.   Embora temos nossas passagens pela vida Nas quais suas venturas são consequentes; por mais que se nos tolhe, Há coisas na vida que é a gente que escolhe Assim como há coisas que escolhem pra ge...